That´s a bingo!

back in black

Boas Webcomics são tão difíceis de se achar hoje em dia…

A chegada da internet não serviu só para podermos colocar nossas vidas no Orkut/Facebook, conversarmos com estranhos em chats com webcam ou publicar aquele vídeo da ex-namorada. Também serviu para que artistas ficassem acessíveis. No caso dos cartunistas, a coisa assumiu tal proporção que, depois do pornô, as webcomics e similares são a maior ocorrência na internet.

Abaixo estão meus favoritos:

Dois girassóis mal desenhados. Mas o louco Malvadão e o ingênuo Malvadinho, criações de André Dahmer, não vão encher sua vida de moral e passam longe do politicamente correto. Durante muito tempo os dois eram os responsáveis por externar opiniões ácidas sobre o amor, drogas, traição, ódio, morte e qualquer outra coisa que Dahmer tivesse em mente. Eventualmente, o autor ampliou a gama de personagens e temas, como Ulisses que não consegue suportar ter sido abandonado por Rebeca e o ditador sem escrúpulos Emir Saad que não impõe limites aos seus desejos mais sanguinários. Atualmente a  tirinha tem se concentrado em criticar nossa sociedade com a série Tirinhas dos Anos 10 e Os Ricos se Divertem.

Provas nos links a seguir: cocaína, mundo sem pobres, zoreanos

John Campbell é sarcasmo sem coração. Pictures for Sad Children contou durante o início com a presença do fantasma Paul e do seu substituto no trabalho Gary como personagens principais, mas Campbell preferiu se livrar dos personagens e criar histórias mais centradas nas situações sem personagens muito definidos. O desenho é extremamente simples e as tramas as mais estranhas possíveis (uma mulher descobre que o motivo de não conseguir fazer nada certo é porque o prazo de validade dela venceu). No fim das contas, talvez o que Paul disse a Gary seja a ‘moral’ da webcomic: não invejo a vida dos outros porque a vida de todo mundo é terrível.

Provas: patos e cisnes, data de validade, vida terrível

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Tolerância zero. Allan Sieber tem um humor sem frescura. Mais cedo ou mais tarde você vai ser alvo dele (vez ou outra acontece comigo). Bandas teens, bandas indies, público de cinema, comediantes, religião, relações humanas, redes sociais e nem bicicletas escapam do (mau) humor de SIeber. Os melhores momentos estão nas séries dos Mommy Boys, uma banda de garotos que não tem nada de rock and roll, nas tiras do bom e velho Deus punitivo e nas conversas que Sieber tem com ele mesmo em Preto no Branco. Ele também faz matérias para revistas e recentemente lançou o livro É Tudo Mais ou Menos Verdade. Sem nenhum compromisso com a objetividade, diga-se de passagem.

Provas: só clica na imagem acima

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Laerte Manual do Minotauro

Piratas do Tietê, Hugo, Overman são alguns dos personagens que deram a Laerte a condição de um dos melhores artistas de quadrinhos do país. Ele podia ter escolhido o caminho fácil, mas já há alguns anos suas tiras passaram a ter conteúdo mais surreal, o que causou estranheza e fez com que alguns jornais parassem de publicá-lo. Sinto pena deles porque Laerte é provavelmente o que tem de mais criativo nos quadrinhos brasileiros. Do mundo, talvez, por que não? O Manual do Minotauro começou como uma série em 27 tiras sobre a caça do Minotauro. Ou será sobre o Minotauro se descobrindo? Bem, a interpretação fica por sua conta. Outras boas séries são Minha Guerra Mundial e Homo Praticus. Mas não fique surpreso se você passar mais de uma hora explorando o blog. Laerte é viciante.

Provas: Manual do Minotauro, Homo Praticus, Minha Guerra Mundial

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Achewood

A graça de Achewood está nos personagens e em como eles reagem às situações. Por isso que é difícil para alguém gostar dessa webcomic de primeira. É preciso “se educar”, procurar nas tiras antigas outras histórias para que se possa criar um vínculo com os personagens, conhecê-los. Achewood começou como uma série de quadrinhos simples, três ou quatro quadros por página, quase sempre sem uma definição. Os personagens eram baseados nos animais de pelúcia da mulher do autor, Chris Onstad. Depois com o acréscimo de outros personagens, o foco mudou para os gatos Ray Smuckles, um gato sortudo e que adora festas, e Roast Beef Kazenkakis, um gato depressivo e viciado em computadores. Com o tempo as histórias ficaram mais longas, com mais quadros e logo com mais espaço para o desenvolvimento do caráter dos personagens.

Provas: The Party, Ray Goes to Hell, The Great Outdoor Fight

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Ricardo Tokumoto usa cultura pop, filosofia, arte, o dia-a-dia como inspiração. O que mais me impressiona é que as tiras não seguem um estilo único, algo que me lembra a PBF Comics, embora o tipo de humor não seja (sempre) o mesmo. Tokumoto usa o estilo que ele julga se adequar melhor ao tema do quadrinho. Eu o descobri recentemente, mas o blog atual que existe desde 2007. Mas já é um dos meus favoritos.

Provas: Plato, Wonderful WorldGotta Catch’ Em All

abril 12, 2010 Posted by | Uncategorized | , , , , , , | Deixe um comentário